
Durante três anos trabalhei no exterior, enviando dinheiro para minha irmã para que ela pudesse cuidar de nossa mãe, mas quando voltei para casa vi as terríveis condições em que minha mãe estava vivendo
Por três anos, morei e trabalhei no exterior. Não foi uma decisão fácil – deixar minha cidade natal, deixar minha mãe sozinha –, mas naquela época eu não tinha escolha. Eu sabia que minha mãe já não era jovem e tinha problemas de saúde. Mas minha irmã mais nova me garantiu que estaria lá, que cuidaria da nossa mãe.
Combinamos: eu mandaria dinheiro todo mês para que minha mãe tivesse tudo o que precisasse – comida, remédios e para pagar as contas. E minha irmã simplesmente ficaria ao lado dela, cuidaria dela e ajudaria nas tarefas domésticas. Foi assim que vivemos por três anos: eu trabalhava de manhã à noite, economizava cada centavo, mandava o dinheiro e acreditava que, em casa, minha mãe estava em boas mãos.
Neste verão, decidi fazer uma surpresa. Não contei a ninguém – nem à minha mãe, nem à minha irmã. Comprei uma passagem, voei para minha cidade natal e fui direto para o nosso apartamento. Na mão, eu tinha minha chave antiga. Coloquei-a na fechadura, girei – e a porta se abriu facilmente.
Entrei e imediatamente senti um cheiro desagradável. Mas o verdadeiro choque veio quando vi o quarto da minha mãe.
Mamãe estava deitada na cama, coberta com trapos velhos. Vestia uma camiseta verde desbotada que antes lhe caía bem, mas agora pendia como um saco. Seu rosto estava macilento, seu cabelo completamente grisalho, sua pele envelhecida como se dez anos tivessem sido acrescentados em um único dia. Ao redor da cama, o caos reinava: sacolas plásticas, roupas sujas, caixas de remédios vazias, papéis, lixo. O cheiro era sufocante – uma mistura de mofo, remédios e um quarto há muito abandonado.
– Mãe… – corri até ela. – O que está acontecendo aqui? Por que você está nesse estado? Eu estava te mandando dinheiro!
Ela olhou para mim com olhos cansados e suspirou pesadamente:
– Minha filha… esperei por você tanto tempo. Mas todo esse tempo vivi sozinha. Sua irmã… ela raramente vinha. Seu dinheiro, eu nunca o vi. Tudo o que eu tinha era minha aposentadoria. Com ela comprei remédios, um pouco de comida… O resto – eu fiz tudo sozinha, tudo sozinha.
Eu mal podia acreditar no que ouvia. Então, durante todos esses três anos, enquanto eu trabalhava e mandava cada centavo para casa, minha irmã simplesmente ficou com o dinheiro para si mesma? Ela não se importava com a mamãe, não comprava comida, não pagava nada… e a mamãe ficava em silêncio, para não me chatear.
Olhei ao redor. Tudo estava claro: minha mãe vivera na pobreza absoluta, só para não pedir ajuda. Economizou em comida, comprou os remédios mais baratos e vestiu apenas as roupas velhas que lhe restavam. No quarto, não havia um único sinal de que alguém se importasse.
Abracei a mamãe e disse:
– Pronto. De agora em diante, você nunca mais estará sozinha.
Naquele mesmo dia, decidi que minha irmã deveria responder pelo que tinha feito. Por três anos, ela viveu do meu dinheiro – comprando roupas novas, indo a restaurantes, postando fotos de uma vida linda, enquanto nossa mãe apodrecia em seu próprio apartamento. Foi isso que eu fiz. Estou compartilhando minha história no primeiro comentário, e você me diz: fiz a coisa certa?
Vendi a casa, que estava registrada em meu nome, e o carro – também meu. Congelei imediatamente todas as contas bancárias para as quais eu vinha enviando dinheiro e assumi o controle delas. Minha irmã ficou sem um centavo.
Quando ela descobriu, me ligou histérica. Gritou, ameaçou:
– O que você fez?! Como pôde me deixar sem nada?! Você não tem o direito!
Respondi friamente:
– Fique quieta. Senão, vou à polícia e conto tudo. Sobre como você me enganou e abandonou nossa mãe doente à própria sorte.
Do outro lado da linha, houve silêncio. Eu sabia que ela estava com medo.
Minha irmã ficou sem nada. E, para ser sincero, não sinto nem um pouco de pena dela.



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