Ele comprou uma viúva grávida e sua filha órfã em um leilão. O que ele fez em seguida…

Um fazendeiro chamado Eli Hameson, conhecido por seu silêncio e vida solitária, tomou uma decisão que deixou a cidade inteira sem palavras. Naquela manhã, ele não tinha intenção de ir ao centro da cidade. Seu único plano era consertar uma roda quebrada de sua carroça, mas o destino, caprichoso como sempre, o levou direto para a praça do mercado.

Lá, ele se deparou com uma cena difícil de ignorar: uma jovem de no máximo 19 anos, grávida, ao lado de uma garotinha. Ambas estavam sendo leiloadas como propriedade para pagamento de dívidas. O marido da jovem havia falecido recentemente e as pessoas, como de costume, não tiveram piedade. O leiloeiro falou com uma voz forçada, tentando disfarçar a humilhação.

Viúvo, jovem, grávida, com uma filha de 7 anos, bom comportamento, sem dívidas adicionais, tudo em ordem. Ninguém disse uma palavra, ninguém levantou a mão. Alguns homens fingiram interesse, mas mantiveram as mãos nos bolsos. As mulheres se afastavam murmurando por trás dos chapéus. Não era uma oferta, era uma condenação.

até que alguém jogou uma moeda no chão só para zombar. E foi nesse momento que Eli se adiantou. Ele não pensou, não planejou, apenas foi em frente, parou na frente do leiloeiro, tirou o chapéu e disse: “Eu fico com elas”. Houve silêncio. “Tem certeza, Jameson?”, perguntou o leiloeiro. Assenti e entreguei um maço de notas.

Não era uma fortuna, mas ninguém contestou o acordo. “Seu nome?”, perguntaram à jovem. Ela respondeu com a voz abafada. Matéria. A moça, por sua vez, não demonstrou medo. Ele apenas observava Eli com a intensidade de alguém que aprendeu a ler o mundo cedo demais. Ele o avaliava em segundos, sem rodeios, sem rodeios.

Não disse mais nada, ele apenas fez um sinal. Mãe e filha o seguiram. Os moradores da cidade não comemoraram a ação, pelo contrário, ficaram ainda mais frios. As lojas fecharam cedo. Algumas pessoas desviaram o olhar. Até o xerife emitiu um aviso. Você é um solitário, Jameson. Não adicione mais nada à lista, seu idiota. Eli não respondeu.

Não era para ser discutido. Nem eu esperava aplausos. Nos arredores da cidade, o cavalo deles os esperava. Sem pedir permissão, ele pegou a menina e a montou na cadeira. Ela não protestou. Sua mãe subiu atrás dele com uma das mãos segurando sua barriga. Eli pegou as rédeas e caminhou ao lado do cavalo. Não houve palavras, apenas movimento.

O caminho até o rancho foi silencioso, mas não um silêncio vazio. Era um silêncio que dizia muito. Ninguém perguntava para onde estavam indo, ninguém precisava saber. Quando ele chegou, o lugar mostrava sinais de desgaste. Uma casa simples, um celeiro implorando por reparos. Eu os ajudei a descer. Ela ficou parada, olhando para a casa. Não chorou, mas algo em sua postura mudou, como se pela primeira vez em muito tempo sentisse um pouco menos de peso sobre os ombros.

“Vou dormir no celeiro”, disse Eli. “Vamos dormir no chão”, respondeu ela sem hesitar. “Você fica com a cama”, insistiu ele, saindo sem esperar resposta. Mas antes de entrar no celeiro, a voz suave da moça o interrompeu. “Tem cavalos aqui?”, respondeu Eli sem se virar. “E que bom, ele gosta de crianças.” Fiz uma pausa.

Ele está decidindo. Naquela noite, uma tempestade o atingiu com força. Lá dentro, mãe e filha dividiam uma cama. Lá fora, no celeiro, ele tentava dormir na palha seca, com a cabeça cheia de memórias que tentara esquecer. Não havia promessas, nem mesmo nomes completos, mas algo havia se movido. Não o suficiente para despertar esperança, mas o suficiente para reconhecer que algo novo havia acabado de começar.

A chuva não era apenas água naquela noite, era como se o céu inteiro tivesse decidido lavar o passado. Eli Hameson empurrou a porta da cabana com decisão. A varanda rangeu sob o peso de três vidas que mal se conheciam, mas que já compartilhavam algo invisível. Ela não perguntou se a casa era dela, não precisava. Ela entendeu que eles já estavam lá e isso bastava.

May, a menina, entrou silenciosamente, deixando pequenas pegadas molhadas no chão de madeira. Ela não disse nada, apenas olhou ao redor como se precisasse memorizar tudo para o caso de ter que ir embora no dia seguinte. Pendurou o casaco, acendeu o abajur e o brilho alaranjado revelou poeira acumulada e anos sem companhia. Apontou para o quarto dos fundos e falou com voz firme, porém suave.

A cama está lá, lençóis limpos. Ela assentiu, não agradeceu, mas seus olhos falavam por si. Pegou a filha pela mão e entrou no quarto. Eli ligou o fogão mais por rotina do que por necessidade. Café não fazia sentido à meia-noite, mas ele o preparou mesmo assim. Algo precisava ferver, algo precisava se mexer.

Os dias seguintes foram lentos, mas constantes. Não havia nomes, como se nomear algo pudesse quebrá-lo. Ela agia como se vivesse em terras emprestadas, sem reivindicar nada. Cozinhava com o pouco que havia. Sua presença era cuidadosa, como se respeitasse um código não escrito. E May. May mal falava, mas observava cada canto como se o chão pudesse desaparecer sob seus pés.

Eli, por sua vez, começou a fazer reparos que vinha evitando há anos: portas, cercas, ferramentas. Não o fez por obrigação, mas porque, pela primeira vez em muito tempo, havia alguém em casa que notaria a diferença. Um dia, Ma o seguiu até o celeiro; ele não perguntou, apenas apareceu agarrado ao batente da porta.

Ele olhou para ela de lado, assentiu e continuou escovando a égua. Ela imitou o gesto cuidadosamente. O animal não se afastou. Cavalos sabem quando alguém sentiu dor. Naquela tarde, quando ele voltou, ela lhe ofereceu uma tigela de comida sem dizer nada. Ele aceitou. Eles se entreolharam por um segundo. Ainda não havia ternura, mas também não havia desconfiança, mas as pessoas logo se intrometeram.

A Sra. Talbot chegou com uma cesta de pão velho e um sorriso cheio de julgamento. Espero que esteja sendo cauteloso, Sr. Jameson. Essas coisas podem ser mal interpretadas. Um teto e um prato de comida não são caridade, respondeu ele sem levantar a voz. Aquela mulher não é sua responsabilidade. Então deixe as pessoas falarem, respondeu ele e encerrou o assunto.

Naquela noite, sobre a mesa, ela encontrou sua camisa remendada. O desgaste havia desaparecido como se o tempo tivesse voltado. Ele a tocou, olhou para ela e a vestiu sem dizer uma palavra. Dias depois, ao pôr do sol, ela pendurou as roupas do lado de fora, embora o chão ainda estivesse molhado. Sua gravidez já era evidente e seus movimentos, mais lentos.

“Você deveria estar descansando”, disse Eli. “Já descansei o suficiente. Você vai se esgotar.” Ela parou. Olhou para ele. “O que sobrou de mim não é da sua conta.” “Não estou preocupado”, disse ele, sem se mexer. E sem mais delongas, ela pendurou o último lençol e entrou. Naquela mesma noite, o silêncio foi quebrado por uma gargalhada.

Maye correu descalça atrás de uma galinha que havia escapado. Ela riu como se algo finalmente tivesse sido libertado. Eli a observou da varanda. A mãe saiu abraçada ao frio. Ela não ria assim há meses. Sussurrou. “É um som bom”, disse ele. “Você sempre foi tão quieta.” Sim. Ela assentiu. Nada mal. Desde então, algo mudou. M.

Ele começou a falar, não muito, mas o suficiente. Ela fazia perguntas, trazia flores, compartilhava momentos. Eli ouvia mais do que respondia, mas para ela isso bastava. Certa noite, a mulher colocou a mão na mesa. Não tremeu muito, mas tremeu o suficiente para ele notar. Podemos ir embora logo. Quero te devolver o que você gastou. Você não está sozinha, disse ele.

Mesmo assim, não quero ficar onde não sou bem-vinda. Ellie ergueu os olhos. Você não é uma intrusa. Ela não acreditou imediatamente. Por que você fez aquilo naquele dia? Eli olhou pela janela. May estava sentada perto da fogueira, desenhando cavalos com os dedos na panela. Parecia a única coisa decente que restava a fazer.

Ela engoliu em seco e se virou. A chuva não batia mais no telhado, o vento não era mais frio, não era mais quente, mas era algo diferente, algo novo, algo que não podia ser nomeado, mas que todos sentiam. Algo finalmente começara a crescer. Não era amor. Ainda não. Mas já havia espaço para o amor existir, se o tempo permitisse.

Antes de dormir, encontrei o desenho de May perto da lareira apagada. Ele havia desenhado um cavalo, mas ao lado, com traços incertos, havia também um homem de chapéu de três pontas e olhos gentis. Abaixo, uma única palavra, com certeza. Ele dobrou o papel cuidadosamente e o guardou no bolso do paletó. Naquela noite, pela primeira vez em muitos anos, dormiu tranquilamente, mas a tranquilidade não durou muito.

A ameaça surgiu à noite e não veio do céu. Do celeiro, onde consertava uma dobradiça quase por hábito, ele viu a linha alaranjada do fogo crescendo no horizonte. A princípio, pensou que fosse um relâmpago, mas o brilho não desapareceu, era constante, urgente. Ele desceu da guarita e fugiu.

Da casa, as janelas refletiam a ameaça como se fosse um mau presságio. Ele já estava arrumando a cadeira quando a mulher apareceu na porta. O que houve? Incêndio. Parece que é o celeiro dos Johnsons. Não havia tempo para detalhes. Fiquem dentro de casa. Cuidem da criança. Ela assentiu. Nenhuma objeção, nenhuma repreensão, apenas uma rápida obediência.

Como alguém que entende que o importante agora é sobreviver. Ele cavalgou em direção ao fogo. A terra parecia mais seca do que o normal. A fumaça formava um muro baixo. Quando chegou, o caos já havia começado. Vizinhos formando uma fila de baldes, gritos por toda parte. O celeiro estava queimando pela metade. Ninguém tinha controle.

Eli não perguntou nada, apenas se juntou à cantoria. Água, cinzas, mais água, respirar pela metade, não parar. Quando o último pedaço de madeira caiu e o fogo parou de queimar o ar, o sol já começava a aparecer. Coberto de ollin, com as roupas grudadas ao corpo devido ao suor e à fumaça, Eli retornou. Ela estava acordada, sentada perto da lareira apagada, enrolada em um cobertor.

Ele não perguntou, apenas trouxe um pano e uma bacia. Ajoelhou-se diante dele e enxugou-lhe o rosto sem dizer uma palavra. Suas mãos eram firmes, seus gestos exatos, não havia ternura, mas havia reconhecimento, respeito. Será que o salvaram? Ele finalmente perguntou. Eli não disse nada, mas ninguém se machucou, exceto o cavalo. Ela pressionou o pano contra a pele. Também perdemos o celeiro uma vez antes de ele morrer.

Uma discussão, uma lâmpada caída. Ele estava bêbado. Perdemos a mula. Então ele me culpou por não gritar mais alto. Eli não pediu mais nada. Não era necessário. Às vezes me pergunto se o bebê sentiu aquele fogo interior, ela sussurrou. Se isso o marcou de alguma forma. Ou ele marcou, Eli corrigiu. Ela soltou uma risada vazia. Olá, Dial.

Dias depois, o incêndio ainda estava na boca do povo. Não só pela perda, mas pelo medo. Era o segundo incêndio do ano. E quando há medo, há sempre culpa procurando um lar. A culpa, desta vez, tinha nome: a viúva. Primeiro o marido dela, agora isso, era cochichado nas ruas. Para onde vai? A tragédia se segue. Eu o ouvi na loja, entre barris de farinha e potes de picles. Ele não reagiu.

Eu sabia que a fofoca morria mais rápido quando ignorada. Mas em casa ele sentia os efeitos. Ela puxou o xale mais para cima, baixou o olhar, andou como se cada passo pesasse mais que o anterior. Na igreja, o sermão de domingo falava de consequências, de tempestades enviadas do céu como um lembrete.

O pastor nunca olhou diretamente para ela. Não era necessário. Ma percebeu. Ao sair do templo, puxou a camisa de Eli. Por que as pessoas não sorriem para a mãe? Ele não sabia o que dizer a ela. No rancho, a vida continuava. May tornou-se sua sombra, fazendo-lhe perguntas constantes, acompanhando-o até o celeiro e esculpindo estatuetas de madeira.

Um dia, ele ganhou um coelho torto. Não é perfeito, disse ela, envergonhada. Ele girou a figura nas mãos. Os verdadeiros também não são. A mulher, ainda sem nome, começara a plantar ervas atrás da casa. Remédios naturais, receitas que ela murmurava para si mesma. Sua gravidez estava progredindo, mas ela se recusava a parar. Não por orgulho, mas por convicção.

Certa tarde, enquanto descascavam feijão na varanda, ela perguntou: “Por que você não nos expulsou?”. Eli continuou com sua tarefa. “Por que eu faria isso?”. “Porque eu sei como as pessoas me olham”, respondeu ela, como se eu fosse lixo grudado nas solas dos pés delas. Ele pensou um pouco. “Você não está aqui por eles, está aqui por você.” Ela não parecia esperar aquela resposta.

Achei que tinha parado de acreditar em decência, mas você continua aparecendo com ela como se não custasse nada. Sim, é difícil, disse Eli, só que eu não me gabo. Naquela noite, houve relâmpagos, mas não chuva, calor seco, inquietação no ar. Perto da meia-noite, um grito quebrou o silêncio. Eli saiu com seu rifle descalço pelo pátio.

May estava parada na porta pálida, apontando para o celeiro. Um homem sussurrou alto. Ele me viu e saiu. A mulher se juntou a ela com os olhos arregalados. Eu não esperei. Ele verificou o celeiro. Não havia ninguém lá, apenas um ferrolho quebrado e uma ponta de cigarro ainda quente. Ele não dormiu. Ficou na varanda, com o rifle no colo. Na manhã seguinte, May não saiu do lado da mãe. Naquela tarde, o xerife apareceu.

Ele trouxe notícias de um homem estranho. Vagou pelas estradas. Fez perguntas sobre uma viúva, do tipo que não aceita um não como resposta. Eli agradeceu, fechou a porta e a trancou. Duas vezes. Florence olhou para ele diretamente, sem rodeios. Eu sei quem era. Eli esperou. O irmão do meu marido. Ah, ele disse uma vez que, se eu morresse, eu seria dele.

Ele disse isso sorrindo, como se fosse uma piada. Mas não era. Eli pressionou os dedos contra a borda da mesa. Ele sabe que você está aqui. Não tenho certeza. É inteligente. Ele sabe esperar. Eli assentiu. Então estaremos prontos também. Florence olhou para ele com uma mistura de coragem e cansaço. Você não deveria ter que nos proteger. “Eu não faço isso porque preciso”, respondeu ele, sem hesitar.

Ela engoliu em seco. Não chorou, mas dava para perceber que cada palavra era dura. Naquela noite, enquanto a lâmpada tremulava e a poeira se acomodava na casa como se o mundo estivesse prendendo a respiração, Florence lhe disse algo que o marcou. “Você nos deu mais do que a maioria das pessoas em uma vida.” “Eu não te dei nada”, respondeu ele. Eu apenas abri espaço.

Às vezes, é só isso que precisamos. May adormeceu perto da lareira, enrolada num cobertor remendado. Eli a carregou silenciosamente até a cama no outro quarto. Quando voltou, Florence o esperava na porta. Quer saber meu nome? Assenti. Florence. Ele repetiu uma vez, depois outra. Florence, ela disse como se precisasse registrar.

E ao dizer isso, algo em seu rosto se suavizou, como se ele tivesse destrancado uma parte que estivera fechada por muito tempo. “Ainda não estamos perto”, disse ela, “mas estamos mais perto do que antes.” E então sussurrou algo que nunca havia dito em voz alta: “Você me lembra o homem que eu queria que meu marido se tornasse?” Eli não respondeu. Não era necessário.

Ambas estavam quebradas por dentro, mas em formas semelhantes. E às vezes isso bastava para fazer dois estranhos se sentirem menos sozinhos. O domingo chegou com um sol forte e céu seco. Eli selou a carroça cedo. Florence apareceu na soleira de maio ao lado dele com uma fita retorcida no cabelo.

Ela usava o xale azul que Eli havia deixado intencionalmente sobre a cama. “Você não precisa vir”, disse ele. “Sim, eu preciso”, respondeu ela. A estrada para a aldeia estava silenciosa. May estava no meio, sem fazer barulho, sem se mexer muito, apenas observando, como se soubesse que o dia marcaria um antes e um depois. Quando chegaram, o clima ficou tenso.

Os murmúrios começaram antes mesmo do sino da igreja tocar. Os chapéus foram abaixados, não por cortesia, mas por desconforto. As mulheres abraçaram suas Bíblias como se pudessem protegê-las de algo invisível. Florence saiu do carro sem ajuda. Maila continuou. Segurando sua mão com força, subiram os degraus sem hesitar.

Ninguém se afastou, mas ninguém fechou a porta. Os bancos rangeram quando ele se sentou. As pessoas deixaram um espaço ao redor. Não era respeito, era medo do escândalo, do que diriam. O sermão era como um julgamento camuflado, uma palavra sobre pecado, purificação, caminhos tortuosos. O pastor não olhou diretamente para ela, mas todos sabiam para onde suas insinuações apontavam.

Finalmente, ao saírem da igreja, as vozes se elevaram. Que coragem daquela mulher se apresentar daquele jeito. Coitada, Jameson sempre foi estranha. Isso confirma. Eli ouviu cada palavra, mas não reagiu, apenas caminhou ao lado deles. Perto da loja, a Sra. Talbot se aproximou. Rosto tenso, voz contida.

Sr. Hameson, poderia falar comigo em particular? Diga em voz alta, respondeu Eli. Ninguém o culpa por ser compassivo, mas há limites. As pessoas falam. Ela não é esposa dele, nem é da família. Eli se virou calmamente. Ela mora sob o meu teto. Chega. Vai arruinar seu nome. Ela sussurrou. Ele olhou para May, que apertava sua manga com força. Você está com fome, Maye.

Ela assentiu. Então, vamos para casa. De volta ao rancho, o silêncio retornou. Mas não era frio, era paz. May correu até o celeiro para ver se a galinha ferida de que ela estava cuidando ainda estava se recuperando. Florence ficou na varanda olhando para o céu, respirando com mais liberdade finalmente. Eu não entrava em uma igreja desde que Tom morreu.

Ele disse: “Achei que Deus já tivesse decidido o que fazer comigo.” E encostou-se no poste da varanda. “Talvez Deus seja mais silencioso que as pessoas. Talvez escute mais.” Ela deu um leve sorriso. Então, hoje ele deve ter escutado bastante. Dias depois, Eli foi sozinho à aldeia buscar provisões. E, embora não tenham dito isso em voz alta, ela notou como o lojista hesitou antes de lhe entregar o saco de farinha.

O ferreiro assentiu levemente para Eli. Sem palavras. Até os meninos na varanda da sala pararam de embaralhar as cartas para olhá-lo, mas Eli não reagiu. Ele fez o que veio fazer. Você comprou cartas novas para Maye. Eram pequenas, feitas de couro macio, feitas para durar. Ele também comprou um pente para Florence e um sabonete da banda que ele sabia que ela nunca pediria, mas talvez usasse.

Ele também pegou mais pregos, porque consertar as coisas por dentro e por fora estava se tornando parte dele. Quando voltou, Florence o esperava no pátio, com os braços cobertos de farinha. Ele pegou as sacolas sem dizer nada, mas ficou ali como se algo precisasse ser morto. Eu costumava pensar que sobreviver bastava, disse ele sem levantar a voz.

Passar o dia já era o suficiente, mas ultimamente tenho me perguntado se há mais. Há, respondeu Eli. Ela o encarou com dúvida, mas não com ironia. E como você sabe? Porque a casa não parece mais vazia. Os olhos de Florence brilharam, mas ela se virou antes que se tornassem mais perceptíveis do que o necessário. Naquela noite, May leu em voz alta.

Era um livro que Eli trouxera da aldeia, uma história de cavalos e vales escondidos. Sua voz subia e descia como água em um riacho. Florence costurava na mesa, consertando uma camisa velha de Eli. Cada ponto marcava um ritmo de paz até que bateram à porta. Eli abriu a porta. O pregador o cumprimentou com o chapéu na mão. Boa noite.

Eu estava apenas de passagem. Eli olhou para ele sem convidá-lo a entrar. O pregador tossiu desconfortavelmente. Alguns se preocupam com as aparências. Não vim para julgar, mas para oferecer orientação, disse Wayase. A viúva poderia encontrar paz se se arrependesse. Em público, um ato de confissão ajuda a acalmar as preocupações. Ele e tensionou o maxilar.

Ela não tem nada a confessar. Ela não é uma criminosa, é uma mãe. Ele viveu mais do que a maioria suportaria. O pregador deu um passo para trás. Mesmo assim, isso acalmaria a comunidade. Eli apenas olhou para ele. Não disse mais nada. O pregador entendeu a mensagem, ajeitou o chapéu e saiu. Quando fechei a porta, Florence estava lá.

Eu escutei, imaginei. Você acredita nele? Não. Acredita, sim. Ela deu um passo à frente. E o que você vê quando olha para mim? Ela observou atentamente os traços de esforço, as mãos calejadas, a vida que ainda havia dentro dela. Apesar de tudo, vejo uma mulher que ainda está de pé e que vale mais do que qualquer outra coisa.

Naquela noite, ao lado da cama, ele encontrou outra figura esculpida em madeira, um cavalo, duas pessoas ao seu lado, uma com um chapéu inclinado, a outra segurando a mão de uma menina, e colocou-a cuidadosamente na prateleira. Naquela manhã, o vento mudou, tornou-se seco, cortante, como se algo estivesse prestes a acontecer. E ele estava. Eli e notaram as pegadas primeiro.

Pegadas recentes, recentes demais para serem da égua ou do cavalo serifado. Ele a seguiu em silêncio. Atravessaram o riacho e se perderam entre as árvores. Ele não gostou. Quando voltou para a cabana, Florence estava na varanda massageando a lombar. May brincava ali perto, colocando pedras em círculos. “Tem um cavaleiro lá fora”, disse Eli.

Florence parou. Descreva. Eu não o vi, mas o cavalo dele é pesado. Ela abaixou as mãos lentamente. Acho que é Jacob. Ele não explicou o porquê. Não era necessário. Sua voz ficou rouca, como quando acabara de chegar. Ele costumava dizer que tudo o que Tom tinha lhe pertencia por direito. Inclusive… Ee se aproximou. Ele não vai levar nada. Você não sabe do que ele é capaz.

Mas eu sei do que você é capaz. Aquela breve conversa pesou mais do que qualquer grito. Horas depois, um homem apareceu em um cavalo preto, suado e ofegante. Ele não desceu as escadas, apenas olhou para a casa como se ela estivesse em seu caminho. Jacob, murmurou Florence, agarrando-se ao corrimão. Ele sempre se certifica de que você o veja chegando.

Eli desceu da varanda e caminhou em direção à cerca. Ele não tinha o rifle, mas não precisava. Sua presença era suficiente. Jacob olhou para ele com um sorriso torto. Você deve ser o novato, disse ele. Disseram-me que você o comprou. É verdade. Eli não reagiu. Você não tem direitos aqui. Jacob soltou uma risada curta. Você sabe o que ela é? Propriedade danificada.

Não é seu para guardar. Não é propriedade. Isso apagou parte do sorriso. Eu tenho sangue. Sou irmão do falecido marido dela. A família decide para onde vai. A garota também. Somos parentes. Você não é família. Você é apenas a sombra que segue o fogo. Jacob franziu os lábios. Você fala como um pregador. Você luta como um também.

Eli não respondeu, mas a calma com que o encarou dizia mais do que qualquer ameaça. Eli não precisava responder. Florence respondeu por ele. Saiu para a varanda, de braços cruzados, pés firmes na madeira. Ela estava pálida, mas não tremia. “Você não pode vir aqui e dar ordens”, disse ele em voz alta, “mais firmes do que em dias.

Ser irmão do Tom não lhe deu o direito de ser nossa dona. Você nunca teve isso. Jacob sorriu como se estivesse gostando do confronto. “Você ainda está grávida do seu filho?” “Estou grávida do meu filho. Você acha mesmo que esse homem vai ficar aqui depois que a criança nascer? Você vai ser só mais uma mulher com duas bocas para alimentar.” Ele deu um passo à frente. “Fora da minha terra.”

E se eu não quiser? Jacob saltou. Ele sabia como mover mãos altas, ágeis e inquietas, como se estivessem procurando algo para quebrar. Ele cruzou a cerca sem hesitar. Eu poderia levá-los agora mesmo. O que você faria? Chamaria o xerife. Esta cidade não vai se envolver. Ninguém se importa. Eu me importo. Eli disse. E isso basta.

Jacob primeiro socou diretamente no queixo. Eli sentiu o gosto metálico na boca. Ele não recuou. Só isso? Perguntou. Calma. Jacob ficou tenso. Eli respondeu. Um único golpe, preciso, direto no peito. Jacob perdeu o fôlego. Ele deu dois passos para trás. Não foi violência excessiva, foi firmeza, foi limite. Não houve segundo golpe.

Eli não precisava. Jacob se recompôs, respirando pesadamente. Acha que ganhou alguma coisa aqui? Eu não vim para ganhar. Vim para ficar com o que vale. Florence desceu da varanda. Descalça, séria. Vá embora, Jacob. Não há nada para você aqui. Acha que ele vai te amar? Você está quebrado. Aquela garota é um fardo. Florence olhou para ele sem medo, apenas com compaixão.

Ela não é um fardo, ela é o meu começo. Jacob olhou para os dois. Sua expressão mudou de arrogância para vazio. Esta cidade é uma piada, deixando uma mulher e um idiota para reescrever as regras. Draek não pertence a vocês, disse Eli sem mover um músculo. Jacob montou, cuspiu no chão e partiu sem olhar para trás. Quando desapareceu no horizonte, o vento pareceu se acalmar, como se levasse sua presença consigo.

Naquela noite, Mayurrukó estava no colo de Eli, perto da lareira. Enrolada num cobertor, ela perguntou baixinho: “Você estava com medo?”. Ele sorriu. “Não, bem, talvez um pouco.” Florence os observava da poltrona. Suas mãos repousavam sobre a barriga. A luz da lareira a envolvia, fazendo-a parecer alguém que havia deixado para trás o peso do passado e se reconstruído por dentro.

“Eu não achei que alguém fosse ficar”, disse ele. “Não, eu realmente não fiquei por você”, disse ele suavemente. “Eu fiquei com você.” Ela piscou rapidamente e baixou o olhar. Não houve beijo, nem promessa, mas quando Eli lhe serviu uma segunda xícara de café pela manhã e ela bebeu sem hesitar, foi mais do que suficiente.

A varanda rangeu sob aquele novo peso, o peso do pertencimento. Não forçado, não imposto, escolhido. O vento mudou novamente, mas agora estava quente, como se a primavera tivesse chegado mais cedo. May fez um novo desenho naquela tarde, sentada perto da lareira. Um homem alto, uma mulher com cabelos como o sol e uma garotinha entre eles segurando as duas mãos.

No canto inferior, ele escreveu em letras tortas uma única palavra: lar. Sim, os habitantes da cidade ainda estariam conversando. Em outros lugares, os julgamentos continuariam. Mas naquela cabana, sob aquele teto, a única voz que importava era a daquela que havia escolhido ficar, porque, no fim das contas, não se tratava do escândalo de ter comprado um futuro. Tratava-se do que viria a seguir quando ninguém estivesse olhando.

Hãy bình luận đầu tiên

Để lại một phản hồi

Thư điện tử của bạn sẽ không được hiện thị công khai.


*